Movimentos separatistas no Brasil

As revoltas separatistas foram movimentos sociais ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo forte anseio de conquistar a independência do Brasil com relação a Portugal. Estes movimentos possuíam certa organização política e militar, além de contar com forte sentimento contrário à dominação colonial. 
Principais causas 
- Cobrança elevada de impostos de Portugal sobre o Brasil.
- Pacto Colonial - Brasil só podia manter relações comerciais com Portugal, além de ser impedido de desenvolver indústrias.
- Privilégios que os portugueses tinham na colônia em relação aos brasileiros.
- Leis injustas, criadas pela coroa portuguesa, que tinham que ser seguidas pelos brasileiros.
- Falta de autonomia política e jurídica, pois todas as ordens e leis vinham de Portugal.
- Punições violentas contra os colonos brasileiros que não seguiam as determinações de Portugal.
- Influência dos ideais do Iluminismo e dos movimentos separatistas ocorridos em outros países (Independência dos Estados Unidos em 1776 e Revolução Francesa em 1789).
(http://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_emancipacionistas.htm <acessado em 11/10/2015, às 2253h >)
Principais revoltas emancipacionistas:
1. Aclamação de Amador Bueno

A aclamação de Amador Bueno como rei de São Paulo no século XVII teria sido uma das primeiras manifestações separatistas no Brasil. Ocorreu em São Paulo, região que se encontrava marginalizada dentro do sistema Colonial Português e onde existia grande número de espanhóis, devido a União Ibérica e a proximidade da região do Prata. Em 1 de dezembro de 1640 deu-se a Restauração em Portugal sendo aclamado o Duque de Bragança que reinou com
o nome de D. João IV, acabando o domínio espanhol.
Em 1641, chega a São Paulo a notícia da restauração. Parte da população insuflada pelos espanhóis resolveu aclamar o paulista Amador Bueno, rico fazendeiro, rei de São Paulo. Recusando o título, procurou abrigo no mosteiro de São Bento.
Este episódio pode ser conceituado como "simples e vã tentativa dos castelhanos em, fazendo valer o prestígio adquirido, subordinarem São Paulo à coroa da Espanha".
(http://www.mundovestibular.com.br/articles/2854/5/RESUMO-HISTORIA-DO-BRASIL/Paacutegina5.html <acessado em 11/10/2015, às 2300h  >)
2. Conspiração dos Suaçunas

A Conspiração dos Suaçunas, também conhecida por sua grafia arcaica – Conspiração dos Suassunas –, foi uma tentativa de revolta em Olinda no alvorecer do século XIX.

Influenciada pelas idéias do Iluminismo e pela Revolução Francesa (1789), algumas pessoas, entre as quais Manuel Arruda Câmara - membro da Sociedade Literária do Rio de Janeiro -, em 1796, fundaram a primeira loja maçônica do Brasil, Areópago de Itambé, localizada no município pernambucano de Itambé, da qual não participavam europeus.
As mesmas ideias também eram discutidas por padres e alunos do Seminário de Olinda, fundado pelo bispo dom José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho em 16 de fevereiro de 1800. Esta instituição teve, entre os seus membros, o padre Miguel Joaquim de Almeida Castro (padre Miguelinho), um dos futuros implicados na revolução pernambucana de 1817.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_separatistas_no_Brasil <acessado em 11/10/2015, às 2305h > )

3. Revolução Pernambucana de 1817

A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como "Revolução dos Padres", eclodiu em 6 de março de 1817 na então Capitania de Pernambuco. Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias Iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas (sociedades secretas), a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento do povo brasileiro.
No começo do século XIX, Olinda e Recife, as duas maiores cidades pernambucanas, tinham juntas cerca de 40 mil habitantes (o Rio de Janeiro, capital da colônia, possuía 60 mil habitantes). O porto do Recife escoava a produção de açúcar, das centenas de engenhos da Zona da Mata, e de algodão. Além de sua importância econômica e política, os pernambucanos tinham participado de diversas lutas libertárias. A primeira e mais importante tinha sido a Insurreição Pernambucana, em 1645. Depois, na Guerra dos Mascates, foi aventada a possibilidade de proclamar a independência de Olinda.
O movimento iniciou com ocupação do Recife, em 6 de março de 1817. No regimento de artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado, reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Depois, na companhia de outros militares rebelados, tomou o quartel e ergueu trincheiras nas ruas vizinhas para impedir o avanço das tropas monarquistas. O governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro refugiou-se no Forte do Brum, mas, cercado, acabou se rendendo. O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca.
Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República. A repercussão da Revolução Pernambucana contribuiu para facilitar o processo de emancipação de Alagoas, que logrou obter autonomia pelo Decreto de 16 de setembro de 1817. O desmembramento da Comarca de Alagoas da jurisdição de Pernambuco foi sancionado por D. João VI.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_separatistas_no_Brasil <acessado em 11/10/2015, às 2305h > )

4. Confederação do Equador

A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. O movimento teve caráter emancipacionista e republicano. Ganhou este nome, pois o centro do movimento ficava próximo a Linha do Equador. A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba).
Em Pernambuco, centro da revolta, o movimento teve participação das camadas urbanas, elites regionais e intelectuais. A grande participação popular foi um dos principais diferenciais deste movimento.
Causas principais 
- Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824;
- Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após a independência;
- A elite de Pernambuco havia escolhido um governador para a província: Manuel Carvalho Pais de Andrade. Porém, em 1824, D.Pedro I indicou um governador de sua confiança para a província: Francisco Paes Barreto. Este conflito político foi o estopim da revolta.
Objetivos da revolta 
- Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Constituição de caráter liberal;
- Diminuir a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais;
- Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;
- Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo central imperial;
- Formação de um governo independente na região.
(http://www.historiadobrasil.net/resumos/confederacao_do_equador.htm <acessado em 11/10/2015 >)

5. Revolução Praieira

A Revolução Praieira, também denominada como "Insurreição Praieira", "Revolta Praieira" ou simplesmente "Praieira", foi um movimento de caráter liberal e separatista que eclodiu, durante o Segundo Reinado, na província de Pernambuco, entre 1848 e 1850.
A Última das revoltas provinciais está ligada às lutas político-partidárias que marcaram o Período Regencial e o início do Segundo Reinado. Sua derrota representou uma demonstração de força do governo de D. Pedro II (1840-1889).
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_separatistas_no_Brasil <acessado em 11/10/2015, às 0003h > )

6. Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
Causas da Guerra:
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
Durante a Guerra do Contestado, chegou a ser declarada uma monarquia "sulista" pelos insurgentes.
(http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/guerra_contestado.htm < acessado em 12/10/2015 >)

7. Guerra dos Farrapos

Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1º de março de 1845.
A revolução, que com o passar do tempo adquiriu um caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Farrapos <acessado em 12/10/2015 >)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_separatistas_no_Brasil <acessado em 12/10/2015 >)

8. Inconfidência Mineira

Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como principal causa os altos impostos cobrados sobre o ouro explorado nas regiões das minas e também da criação da derrama. Teve como líderes intelectuais, poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes). Tinha como objetivo, após a independência, implantar o sistema republicano no Brasil, criar uma nova Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial. O movimento foi denunciado ao governo, que o reprimiu com violência. Os líderes foram condenados a prisão ou exílio. Tiradentes foi condenado a morte na forca.
(http://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_emancipacionistas.htm <acessado em 12/10/2015 >)

9. Conjuração Baiana

Foi uma rebelião popular, de caráter separatista, ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de pessoas do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros, alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve como causa principal exploração de Portugal, principalmente no tocante a cobrança elevada de tributos. Defendiam a liberdade com relação a Portugal, a implantação de um sistema republicano e liberdade comercial. Após vários motins e saques, a rebelião foi reprimida pelas forças do governo, sendo que vários revoltosos foram presos, julgados e condenados.
(http://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_emancipacionistas.htm <acessado em 12/10/2015 >)

10. Federação do Guanais

A Federação do Guanais (também chamada Revolta do Guanais ou Revolução Federalista) foi uma revolução nativista ocorrida na Bahia, no ano de 1832, nas vilas de São Félix e Cachoeira, com pequena recidiva em 1833, constituindo-se um dos germes que provocaram a revolta maior de 1837, conhecida por Sabinada.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_separatistas_no_Brasil <acessado em 12/10/2015 >)

11.  Revolta dos Malês

A chamada Revolta dos Malês registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos. À etnia nagô (também conhecidos como iorubás) coube o papel preponderante: nagôs islamizados não só constituíram a maioria dos combatentes, como a maioria dos líderes. Mais de 80 por cento dos réus escravos em 1835 eram nagôs, sendo eles apenas 30 por cento dos africanos.[1] Outras etnias africanas presentes em Salvador na época também desempenharam papel no movimento, como a etnia hauçá. Os negros nascidos no Brasil, e por isso chamados crioulos, não participaram da revolta, que foi feita por africanos.
O movimento organizou-se em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos, sendo que a tomada do governo constituía um dos principais objetivos dos rebeldes. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.
A identidade étnica e religiosa desempenharam papel crucial para deslanchar o movimento. A maioria dos muçulmanos que viviam na Bahia era nagô. Embora outros grupos, como os hauçás também fossem islamizados, coube aos nagô o predomínio no movimento. Eram nagôs os seguintes líderes: os escravos Ahuna, Pacifico Licutan, Sule ou Nicobé, Dassalu ou Damalu e Gustard. Também nagô era o liberto Manuel Calafate. Os outros eram o escravo tapa Luís Sanim e o liberto hauçá Elesbão do Carmo ou Dandará, que negociava com fumo.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Mal%C3%AAs <acessado em 12/10/2015 >)

12. Sabinada

A Sabinada foi uma revolta autonomista à época do Brasil Império. Ocorreu entre 6 de novembro de 1837 e 16 de março de 1838, na então Província da Bahia.
Na madrugada de 6 para 7 de novembro de 1837, Sabino e os que o apoiavam proclamaram a "República Baiana". Mesmo provisória, decretada até que o jovem Pedro de Alcântara atingisse a maioridade, ela rompia com o Governo Imperial e destituía o Governo Provincial.
O 3° Corpo da Artilharia de Posição, lotado no Forte de São Pedro, levantara-se, dominando aquela fortificação. Durante a madrugada, o Governo Provincial tentou sufocar o levante, despachando trezentos soldados armados para a Praça da Piedade. Entretanto, em vez de atacar os revoltosos, a tropa legalista debandou e também aderiu ao movimento.
Diante destas notícias, o então Presidente da Província, Francisco de Souza Paraíso, e o Comandante das Armas, tenente-coronel Luís de França Pinto Garcez, abandonaram a cidade e se refugiaram num brigue ancorado na baía de Todos os Santos. Isolado, o Chefe de Polícia, Francisco Gonçalves Martins, tomou um saveiro e dirigiu-se para o Recôncavo (Salvador), em busca da proteção do coronel Alexandre Gomes de Argolo Ferrão, senhor do Engenho Cajaíba e 1° barão de Cajaíba.
O edifício da Câmara Municipal foi ocupada pelos revoltosos, tendo à frente Francisco Sabino Vieira, o político João Carneiro da Silva Rego e os militares José Duarte da Silva e Luiz Antônio Barbosa de Almeida. Na ocasião Francisco Sabino propôs que o nascente Estado republicano tivesse como presidente o advogado Inocêncio da Rocha Galvão, então exilado nos Estados Unidos, e como vice-presidente João Carneiro Rego. O próprio Sabino, como secretário de governo, ditou a primeira ata da recém-criada "República Bahiana", que contou com cento e quatro assinaturas. Foram nomeados Ministro da Guerra Daniel Gomes de Freitas, da Marinha Manoel Pedro de Freitas Guimarães.
Conseguindo dominar a cidade de Salvador por cerca de quatro meses e após dominar alguns quartéis em Salvador, os rebeldes não lograram obter a adesão dos senhores de terras do Recôncavo, nem encontraram apoio significativo junto à população escrava, permanecendo restritos aos limites urbanos da cidade, bloqueada.
Sem adesão das elites e das camadas populares a repressão por parte do governo imperial tornou-se fácil. Este cercou a capital em uma operação de bloqueio terrestre e marítima (março de 1838), na cidade de Salvador. Cerca de mil pessoas pereceram nos combates. Três dos líderes foram executados, os outros três deportados e os rebeldes que sobreviveram e foram capturados foram julgados por um tribunal compostos pelos donos de latifúndios da província. Estes foram punidos com tamanha crueldade que este júri ficou conhecido como "Júri de Sangue". Francisco Sabino Vieira acabou os seus dias na Fazenda Jacobina, na então remota província do Mato Grosso. Outros, como Daniel Gomes de Freitas, Francisco José da Rocha, João Rios Ferreira e Manoel Gomes Pereira, conseguiram evadir-se e depois juntaram-se à Revolução Farroupilha.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sabinada (<acessado em 12/10/2015 >)

13. Conjuração Carioca

A chamada Conjuração Carioca foi o nome pelo qual ficou conhecida a repressão a uma associação de intelectuais que se reuniam, no Rio de Janeiro, em torno de uma sociedade literária, no fim do século XVIII[1] . Esta repressão ocorreu em 1794 na Sociedade Literária do Rio de Janeiro .
Um processo de devassa foi aberto e se estendeu de 1794 a 1795, sem que fossem encontradas provas conclusivas de que uma conspiração se encontrava em curso, além de livros de circulação proibida. Desse modo, os implicados detidos foram libertados.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjura%C3%A7%C3%A3o_Carioca <acessado em 12/10/2015 >)